A disfunção temporomandibular (DTM) é o nome dado ao conjunto de sinais e sintomas que afeta a musculatura da mastigação e/ou a articulação temporomandibular (ATM).
Existem três tipos principais de DTM:
- Muscular, que ocorre quando a musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão;
- Articular, que pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação quanto por traumas ou até doenças degenerativas, como osteoartrose e artrite reumatoide;
- Mista, aquela que une os distúrbios musculares e articulares
Quais as causas da DTM?
Não há uma causa definida para a DTM, mas os especialistas sabem que certos hábitos aumentam o risco de desenvolver a disfunção:
- Traumas na mandíbula;
- Artrite na ATM;
- Má postura;
- Características anatômicas, relacionadas à formação da mandíbula durante o nascimento;
- Hábitos como morder os lábios ou bochechas;
- Hábitos como apoiar a mandíbula nas mãos, morder pontas de caneta e roer as unhas;
- Distúrbios do sono e dificuldade de dormir;
- Estresse.
- Além disso, o bruxismo – caracterizado pelo ranger involuntário dos dentes – também pode estar relacionado ao surgimento dos problemas na ATM.
A disfunção temporomandiblar (DTM) é uma alteração na articulação temporomandibular (ATM) que compromete as funções mastigatória e de deglutição, além da fala. Ela ocorre quando a ATM, responsável por esses movimentos, é sobrecarregada. Com isso, podem ser observados ruídos e estalos ao abrir ou fechar a boca, dor de cabeça, dores na região, dificuldade na mastigação, entre outros sintomas.
No Brasil, estima-se que cerca de 8 milhões de pessoas sofram de DTM. Essa disfunção costuma ocorrer com mais frequência em mulheres na faixa etária entre 20 e 40 anos, que podem apresentar o quadro em associação a doenças reumáticas, como a artrite. O diagnóstico é feito com base na história clínica do paciente e na palpação articular.
Tratamento
O tratamento inclui o uso de placas oclusais, de aparelhos ortodônticos, exercícios de relaxamento, fisioterapia e fonoaudiologia. Porém, para aqueles pacientes que não respondem a esse tratamento, um tipo de cirurgia menos invasiva vem sendo adotada pelos cirurgiões dentistas.
Trata-se da artroscopia da DTM.
Esse procedimento é realizado por visualização das estruturas com auxilio de um equipamento chamado artroscópio. Para isso, são feitos dois pequenos cortes na região da mandíbula (osso que começa em frente ao ouvido e segue em direção ao queixo). Em um deles, é introduzida uma câmera, com a qual é possível ver as articulações por dentro. Pelo outro corte, o cirurgião insere os instrumentos que irá utilizar para realizar a operação. Todo o procedimento é acompanhando pelo monitor.
Seus resultados têm sido favoráveis a médio prazo, com complicações mínimas e rápida recuperação pós-operatória, com tempo de internação de aproximadamente 12 horas. É uma cirurgia realizada no hospital, sob anestesia geral.
Quando é possível optar pela artroscopia da dtm?
Cerca de 30% a 40% dos pacientes que sofrem de DTM podem se beneficiar da artroscopia. “A cirurgia é indicada para os casos em que as articulações estão comprometidas, porém o paciente não se encontra em um estágio tão grave que demande uma cirurgia aberta”, explica ele.
Por meio dessa técnica é possível interromper o processo inflamatório, minimizar o processo degenerativo e aumentar a longevidade do tratamento conservador, melhorando a qualidade de vida e reduzindo a dor.
Além das cirurgias, o tratamento da DTM inclui a administração de anti-inflamatórios. O uso da toxina botulínica, muito empregada em tratamentos estéticos, é outra opção, pois sua aplicação pode proporcionar relaxamento dos músculos da mastigação, aliviando a tensão na articulação.